Stoa 21 / 4 Dicas Para Designers Estagnados
São ensinamentos simples e humildes de quem já passou por isso e tem algo a contribuir.
Essa semana eu re-aprendi que quando não temos nada de útil para falar é melhor nos mantermos calados. Abrir a boca somente quando o que sair dela for construir algo de bom para a humanidade.
E a Stoa é isso. Se eu não tiver nada para compartilhar que adicione ao menos um tijolinho nessa construção, meu silêncio será a regra.
Partindo desse princípio, hoje gostaria de compartilhar algumas dicas simples, mas muito eficazes, para aqueles designers que se sentem estagnados na profissão. Principalmente para aqueles que não sabem mais como evoluir sua parte técnica, seu craft.
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O primeiro passo é assumir que você não sabe nada. Isso faz uma enorme diferença. Afinal, se você parte do princípio de que já sabe fazer algo, porque se daria o trabalho de tentar fazer melhor? Você nem mesmo vai ter consciência de que precisa evoluir.
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O segundo passo é entender o poder do contraste. Nós só percebemos a existência de algo porque temos com o que compará-lo, caso contrário nem sequer o perceberíamos. Então se você se inspira em trabalhos medianos, continuará criando coisas medianas. Se você busca por trabalhos melhores, se encaminhará para criar designs melhores.
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O terceiro passo é a atenção pelos detalhes e pela ordem. Se você foi bem sucedido no passo anterior vai começar a perceber que talvez seu texto não está bem alinhado, que margens estão inconsistentes ou que as cores não estão certas. Nessas horas é interessante ter sistemas e padrões que te ajudem (grid de 8pt, tamanhos padrões de alguns componentes, etc).
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O quarto e último passo é entender que todos os outros três passos não acontecem da noite para o dia. Também não acontecem se você não se colocar no lugar de aprendiz eterno.
E se tudo isso for muito pesado para carregar sozinho, um mentor pode ser útil. Ele vai te guiar e abrir seus olhos para os melhores caminhos.
Recomendações da semana
Materialismo é realmente uma coisa ruim? Nesse texto o autor Tom Greenwood explora uma faceta diferente sobre a posse de coisas materiais e o valor que damos à elas. Não é, de forma alguma, um ode a uma vida materialista, pelo contrário. Seu ponto é de que se valorizássemos realmente o que possuímos, não precisaríamos possuir além do que realmente precisamos.
O que é a beleza sobe a ótica de Immanuel Kant? Eu adorei como o Ralph Ammer explorou esse conceito de forma ilustrada e didática.
O custo da personalização é um artigo da Humane by Design sobre o impacto negativo no comportamento humano ao receber conteúdos sob medida entregues por algoritmos treinados para sequestrar sua atenção. E quais alternativas têm surgido para contrabalancear essa falta de autonomia no consumo de conteúdo digital.